CAPÍTULO QUATRO - Parte 4
‘O Levantamento do Povo Tibetano’
Made In USA
O Students for Free Tibet
(SFT) estava
entre as cinco organizações que, em 4 de Janeiro de 2008, proclamaram o início
de uma ‘revolta do povo tibetano’ e estabeleceram um gabinete temporário
especial, encarregado de coordenar e financiar a revolta.
Harry Wu, um proeminente
defensor do Dalai Lama na agitação contra Pequim, tornou-se famoso pelo seu
papel num documentário polémico da BBC, no qual alegou que a China estava a
traficar órgãos humanos, extraídos de prisioneiros executados da China. O
documentário da BBC tornou-se motivo de controvérsia pelas suas inúmeras
imprecisões.(46) No entanto, não contente com esse nível de distorção, Wu
aumentou as suas acusações, em 1996, alegando falsamente que tinha “filmado um
prisioneiro cujos rins foram removidos através de uma cirurgia enquanto ele estava vivo
e, depois, o prisioneiro foi retirado e baleado. A fita foi transmitida pela
BBC ”. (47)
O documentário da BBC não
mostrou nada do que foi alegado por Wu, mas o dano estava feito. Quantas
pessoas é que verificaram os arquivos antigos da BBC? Wu, um professor
aposentado de Berkeley que deixou a China após a prisão como dissidente, era
chefe da Laogai Research Foundation, uma organização isenta de impostos cujo fonte
principal de financiamento também era a NED.(48)
Entre os projectos
relacionados, a NED, financiada pelo governo dos EUA, também apoiou o jornal The Tibet Times, dirigido pela base do
Dalai Lama no exílio, em Dharamsala, na Índia. A NED também financiou o Tibet Multimedia Center para aquilo que
eles descreveram como “disseminação de informação que aborda a luta pelos
direitos humanos e democracia no Tibet”. Também estavam sediados em Dharamsala.
A NED também financiou o Centro Tibetano de Direitos Humanos e Democracia. (49)
Resumindo, as impressões
digitais do Departamento de Estado e da comunidade dos serviços secretos dos
EUA estiveram em todos os tumultos do movimento ‘Free Tibet’ e dos ataques aos
chineses de etnia Han, de Março de 2008. A pergunta a ser feita era por quê e,
especialmente, por quê naquele momento?
O Tesouro de Minerais do Tibete
O Tibete era de importância
estratégica para a China, não apenas pela sua localização geográfica na
fronteira com a Índia - o mais novo aliado anti-China de Washington, na Ásia -
mas também porque o Tibete era um tesouro de minerais e petróleo. O Tibete
continha alguns dos maiores depósitos de urânio e bórax do mundo, metade do lítio
do mundo, os maiores depósitos de cobre da Ásia, enormes depósitos de ferro e
mais de 80.000 minas de ouro. As florestas do Tibete continham a maior reserva
de madeira à disposição da China. A partir de 1980, cerca de 54 biliões de
árvores foram derrubadas lá. O Tibete também possuía algumas das maiores
reservas de petróleo da região.(50)
Ao longo da fronteira entre a
Região Autónoma do Tibete e a Região Autónoma Uigur de Xinjiang, também havia
uma vasta região petrolífera e mineral na Bacia Qaidam, conhecida como a 'bacia
do tesouro'. A Bacia contava com 57 tipos diferentes de recursos minerais com
reservas comprovadas, incluindo petróleo, gás, carvão, sal bruto, potássio,
magnésio, chumbo, zinco e ouro. Esses recursos minerais tinham um valor
económico potencial estimado em 15 triliões de yuans ou seja, 1,8 triliões de dólares.
As reservas comprovadas de potássio, lítio e sal bruto dessa bacia eram as
maiores da China.
Estrategicamente, o Tibete
talvez fosse a fonte de água mais valiosa do mundo. Situado como estava, no ‘tecto
do mundo’, o Tibete era a fonte de sete dos maiores rios da Ásia, que forneciam
água a 2 biliões de pessoas. Como Henry Kissinger poderia muito bem ter dito, ’Aquele que controlar a água do Tibete tem uma poderosa alavanca
geopolítica sobre toda a Ásia’, especialmente sobre a China.
Mas o principal interesse de
Washington no Tibete, na Primavera de 2008, parecia ser o seu potencial para
agir como alavanca para desestabilizar e chantagear o governo de Pequim.
‘A
não-violência como forma de guerra’
Os acontecimentos no Tibete,
depois de 10 de Março de 2008, foram cobertos pela comunicação mediática
ocidental com pouca atenção à precisão ou à verificação cruzada independente. A
maioria das fotos publicadas nos jornais europeus, americanos e na TV, acabou
não sendo realmente fotos ou filmes da opressão militar chinesa contra os lamas
ou monges tibetanos. Provou-se que, na maioria dos casos, eram fotos da Reuters
ou da AFP, de chineses de etnia Han, a ser espancados por monges tibetanos que
operavam em organizações paramilitares treinadas. Em alguns casos, algumas
estações de TV alemãs publicaram imagens em vídeo de espancamentos que nem
sequer eram do Tibete, mas sim, da polícia nepalesa, em Katmandu.(51)
A cumplicidade da comunicação
mediática ocidental nesta charada, ressaltou, simplesmente, o facto de que as acções
em torno do Tibete, faziam parte de um esforço de desestabilização bem
orquestrado por parte de Washington. Repetindo o mesmo padrão das desestabilizações
instigadas e manipuladas, anteriormente, nos Estados Unidos, a comunicação
mediática de destaque, não mencionou o envolvimento da omnipresente NED, bem
como da Albert Einstein Institution, de Gene Sharp, que conhecemos em Mianmar.
Como discutido anteriormente, a Albert Einstein Institution especializou-se em ‘não-violência
como forma de guerra’ .(52)
A interferência na China
através dessa instituição, remonta há muitos anos, através do Coronel Robert
Helvey, já mencionado, veterano de 30 anos da Defense Intelligence Agency, que
aplicara as suas técnicas no incentivo aos protestos estudantis na Praça
Tiananmen, em Junho de 1989. O Coronel Helvey tem trabalhado com a Albert
Einstein Institution e com a Open Society Foundation, de George Soros, pelo
menos, desde meados da década de 1980. A respeito das operações dos EUA na
China, acredita-se que ele esteja a agir como conselheiro do Falun Gong, sobre
técnicas semelhantes de desobediência civil. (53)
Entre muitos aspectos que
ligam a Albert Einstein Institution aos serviços secretos militares dos EUA,
também estava o general Edward Atkeson, que serviu no Conselho de Administração
original da instituição. Foi Atkeson, antigo Chefe Adjunto dos Serviços
Secretos do Exército dos EUA, na Europa, que supostamente, foi o primeiro a ‘sugerir
o nome de 'defesa baseada em civis' a Gene Sharp". (54)
Como observado anteriormente,
a Instituição Sharp havia desenvolvido as principais tácticas usadas pelos EUA
nos seus ‘golpes pós-modernos’, as novas desestabilizações ‘brandas’, mudanças
não violentas de regime e o que veio a ser chamado de ‘Revoluções Coloridas’, nos países coincidentemente
localizados na proximidade de rivais dos EUA, a China e a Rússia. De todas essas
tácticas, a principal foi a aplicação de tecnologias de comunicações
electrónicas. Com o aparecimento da Internet e o uso generalizado de telemóveis/telefones
celulares, o Pentágono dos EUA refinou uma forma inteiramente nova de mudança
de regime e desestabilização política. Como Jonathan Mowat, o pesquisador do
fenómeno por trás da onda das Revoluções Coloridas, descreveu:
… O que estamos a ver é a
aplicação civil da doutrina ‘Revolução nos Assuntos Militares’ do Secretário da
Defesa, Donald Rumsfeld, que depende da instalação de pequenos grupos altamente
móveis, ‘habilitados’ pelos serviços secretos e pelas comunicações em ‘tempo
real’. Os esquadrões de soldados que se apoderam dos quarteirões da cidade com
a ajuda de telas de vídeo do ‘capacete de inteligência’, que lhes dão uma visão
instantânea do seu ambiente, constituem o lado militar. Bandas de jovens que
convergem em cruzamentos direccionados, em diálogo constante através
de telemóveis/telefones celulares, constituem a aplicação civil da doutrina.
Esse paralelo não deve
surpreender, visto que as forças armadas dos EUA e a Agência de Segurança
Nacional subsidiaram o desenvolvimento da Internet, dos telefones móveis e das
plataformas de software. Desde o início, estas tecnologias foram estudadas e
experimentadas com o objectivo de encontrar o uso ideal num novo tipo de
guerra.
A ‘revolução’ na guerra, que
estes instrumentos novos permitem, foi levada ao extremo por vários
especialistas em guerra psicológica. Embora estes militares utopistas tenham
trabalhado em altos cargos (por exemplo, na RAND Corporation) durante longo
tempo, até certo ponto, eles só controlaram algumas das estruturas de comando
mais importantes do aparelho militar dos EUA com a vitória dos neoconservadores
no Pentágono, de Donald Rumsfeld. (55)
Controlar o Gigante Chinês
Os agentes operadores de
Washington usaram e refinaram as técnicas de 'não-violência revolucionária',
organizadas através da NED, para instigar uma série de golpes políticos
'democráticos' ou 'suaves' como parte da estratégia mais ampla dos EUA - que tentaria
impedir a China de ter acesso às suas reservas externas de petróleo e de gás. A
tentativa de Washington em desestabilizar a China, usando o Tibete, fazia parte
de um padrão explícito. Além dos esforços de uma ‘Revolução Açafrão’ em Mianmar
e da tentativa de levar a NATO a apoderar-se dos campos petrolíferos da China,
em Darfur e bloquear o acesso da China aos recursos petrolíferos estrategicamente
vitais, em África, incluía também, tentativas de fomentar problemas no Uzbequistão
e no Quirguistão, como também interromper o gasoducto, novo e vital de energia,
da China para o Cazaquistão.
As antigas rotas comerciais
asiáticas conhecidas como A Grande Rota da Seda passavam por Tashkent, no
Uzbequistão, e Almaty, no Cazaquistão, por razões geográficas óbvias. Eram
acessíveis numa região que estava cercada de grandes cadeias de montanhas. O
controlo geopolítico do Uzbequistão, do Quirguistão e do Cazaquistão permitiria
aos Estados Unidos controlar qualquer possível rota de oleoducto entre a China
e a Ásia Central, assim como o cerco da Rússia visava controlar o oleoducto e
outros laços entre a Rússia e a Europa Ocidental.
Além do mais, a China dependia
dos fluxos ininterruptos de petróleo do Irão, da Arábia Saudita e de outros
países da OPEP. A militarização do Iraque pelos EUA e as ameaças de ataque ao
Irão colocaram militarmente em risco o acesso da China ao petróleo. No final de
2007, estava a tornar-se evidente que a China, juntamente com a Rússia, estavam
no topo da lista dos alvos estratégicos para as operações hostis do Pentágono,
do Departamento de Estado dos EUA e das agências de serviços secretos.
Por
trás da estratégia de cercar a China
Neste contexto, o artigo de
Zbigniew Brzezinski, de 1997, na Foreign Affairs, a revista do Council on
Foreign Relations, foi novamente significativo. O ‘pedigree’ da política
externa de Brzezinski deve ser recordado, por ter sido um protegido de David
Rockefeller na década de 1970, e um seguidor do geoestratega britânico, Sir
Halford Mackinder, até à sua função de grande Conselheiro de Política Externa,
do candidato presidencial, Barack Obama. Brzezinski foi uma das figuras mais
influentes nos círculos de inteligência/serviços secretos e política externa
dos EUA. Em 1997, escreveu de maneira reveladora:
A Eurásia é o lar da maioria dos Estados
politicamente positivos e dinâmicos do mundo. Todos os aspirantes históricos ao
poder global, tiveram origem na Eurásia. Os aspirantes mais populosos do mundo à
hegemonia regional, a China e a Índia, estão na Eurásia, assim como todos os
potenciais adversários políticos ou económicos à superioridade americana.
Depois dos Estados Unidos, as próximas seis maiores economias e detentoras das maiores despesas militares estão lá, assim como todas as potências nucleares do mundo, com excepção
de uma das mais encobertas. A Eurásia é responsável por 75% da população
mundial; 60 por cento do seu PIB e 75 % dos seus recursos energéticos. Colectivamente, o poder potencial da
Eurásia obscurece até o da América.
A Eurásia é o super continente axial do
mundo. Um poder que dominasse a Eurásia exerceria influência decisiva sobre
duas das três regiões economicamente mais produtivas do mundo, a Europa
Ocidental e a Ásia Oriental. Uma observação do mapa também sugere que um país dominante na Eurásia
controlaria quase que automaticamente o Médio Oriente e a África. Com a Eurásia
agora a funcionar como o tabuleiro de xadrez geopolítico decisivo, já não basta
moldar uma política para a Europa e outra para a Ásia. O que acontece com a
distribuição do poder na massa de terra eurasiática será de importância decisiva
para a supremacia global da América ... (56 )(ênfase acrescentada).
Esta declaração, escrita bem
antes do bombardeio da antiga Jugoslávia e das ocupações militares dos EUA no
Afeganistão e no Iraque, revelou que a política dos EUA nunca foi destinada a livrar aqueles
países da tirania. Era sobre a hegemonia global e não sobre a democracia.
Sem surpresa, a China não
estava convencida de que, permitir a Washington usufruir um poder tão esmagador, fosse do interesse nacional da China, assim como a Rússia não pensava que
aumentaria a paz se permitisse que a NATO engolisse a Ucrânia e a Geórgia ou se os EUA colocassem os seus mísseis à volta da Rússia, alegadamente ‘para se
defender contra a ameaça dum ataque nuclear iraniano aos Estados Unidos’.
A desestabilização liderada
pelos EUA no Tibete fazia parte de uma mudança estratégica de grande
significado. Chegou no momento em que a economia e o dólar dos EUA, ainda a
moeda de reserva do mundo, estavam na pior crise desde a década de 1930. Foi
significativo que o governo dos EUA tenha enviado o banqueiro de Wall Street e
antigo presidente da Goldman Sachs, Henry Paulson, a Pequim, no meio dos seus
esforços para constranger Pequim sobre o Tibete. Washington estava literalmente
a brincar com fogo. A China tinha ultrapassado, há muito, o Japão como sendo o maior
detentor mundial de reservas em moeda estrangeira. Em Julho de 2008, as
reservas da China, em dólares dos EUA estavam estimadas em mais de 1,8 triliões de
dólares, a maior parte delas investidas em instrumentos de dívida do Tesouro
dos EUA ou títulos da Fannie Mae ou da Freddie Mac. Paulson sabia muito bem que
Pequim poderia decidir desvalorizar o dólar, vendendo apenas uma pequena parte
de sua dívida americana no mercado.
No final de 2008, a super potência
global, Estados Unidos da América,
estava cada vez mais parecida com o Império Britânico do final da década de
1930 - um império global em declínio terminal. O império americano, no entanto,
apesar de entrar em espiral na mais grave crise financeira desde a Grande
Depressão da década de 1930, ainda parecia determinado a impor a sua vontade a um
mundo cada vez mais afastado de tal controlo absolutista. O mundo - ou pelo
menos os seus principais protagonistas fora de Washington, da Rússia à China,
da Venezuela à Bolívia e mais além - estava a começar a pensar em alternativas melhores.
Para o Pentágono, essas agitações tornaram o trabalho do Domínio do Espectro
Total mais urgente do que nunca. O poder declinante do Século Americano
dependia, cada vez mais, do controlo militar directo, um controlo que o
Pentágono tentou estabelecer através de uma rede mundial de bases militares
americanas.
Notas de rodapé:
3 US Department of State Bureau of East Asian and
Pacific Affairs, Report on Activities to Support Democracy Activists in Burma
as Required by the Burmese Freedom and Democracy Act of 2003, October 30, 2003
(http://www.state.gov/p/eap/rls/rpt/burma/26017.htm ).
4 Ibid.
5 Ibid.
6 Gene Sharp
publicly claimed that his work was strictly independent of US Government
involvement. However his activities over a period of years suggested the
opposite. As one detailed account of his work reported: “Sharp's strategies of
civilian-based defense—organized nonviolent non-cooperation and defiance—were
dramatically applied during the Baltic states' secession from the Soviet Union.
His book, Civilian-Based Defense: A Post Military Weapons System, helped shape
the region's predominantly nonviolent liberation struggles. According to Sharp,
in 1990 Audrius Butkvicius, then secretary of defense for Lithuania, obtained a
smuggled copy of the book, which had yet to be published and was still in
page-proof form. Butkvicius circulated 50 photocopied versions to states
throughout the Soviet Union, including neighboring Latvia and Estonia. That
year, Sharp and Bruce Jenkins, a research assistant at the Albert Einstein Institution,
made several trips to the three Baltic capitals where Civilian-Based Defense
was adapted as government policy.” (cited in Claire Schaeffer-Duffy, “Honing
nonviolence as a political weapon,” National Catholic Reporter, Oct 21, 2005.
6 Gene Sharp afirmou
publicamente, que o seu trabalho era estritamente independente do envolvimento
do governo dos EUA. No entanto, as suas actividades durante anos, sugeriram o
contrário. Como descreveu um relato detalhado do seu trabalho: “As estratégias
de defesa civil baseadas na Sharp - a não-cooperação não-violenta organizada e
o desafio - foram aplicadas dramaticamente durante a secessão dos estados
bálticos da União Soviética. O seu livro, Defesa Civil: Um sistema de armas
pós-militar, ajudou a moldar as lutas de libertação predominantemente
não-violentas da região. Segundo Sharp, em 1990, Audrius Butkvicius, então
Secretário da Defesa da Lituânia, obteve uma cópia contrabandeada do livro, que
ainda não havia sido publicado e ainda estavaa ser compilado. Butkvicius circulou
50 versões fotocopiadas nos Estados da União Soviética, incluindo a vizinha
Letónia e a Estónia. Naquele ano, Sharp e Bruce Jenkins, um assistente de
pesquisa da Albert Einstein Institution, fizeram várias viagens às três
capitais do Báltico, onde a Defesa Civil foi adaptada como política
governamental. ”(Citado em Claire Schaeffer-Duffy,“ Aperfeiçoar a não-violência
como arma política ”, National Catholic Reporter, 21 de outubro de 2005.
8 Amy Kazmin, “Defiance undeterred: Burmese activists
seek ways to oust the junta,” Financial Times, London, December 6 2007.
Curiously, though Mr Sharp protested his organization’s innocence from any
involvement with the US Government in destabilizing the Burmese regime, he
posted the Financial Times article on his own website.Curiosamente, embora Sharp tenha protestado a inocência da sua
organização de ter qualquer envolvimento com o governo dos EUA para desestabilizar
o regime birmanês, publicou o artigo do Financial Times no seu site.
9 Ibid.
11 Agence France Press, “Bush Urges Myanmar to free
Suu Kyi,” July 6, 2008.
12 Juli A. Mac Donald, Indo-US Military Relationship:
Expectations And Perceptions, Office of the Secretary of Defense – Net
Assessment, October 2002.
13 Condoleezza Rice, et al, The National Security
Strategy of the United States, Washington, September 2002.
14 US 7th Fleet Public Affairs, Navy News Stand,
“Exercise Malabar 07-2 Kicks Off,” Story Number: NNS070907-13, Navy News Stand,
9/7/2007.
18 Quoted in Loro Horta, ''China and Angola Strengthen
Bilateral Relationship,” PINR, 23 June, 2006.
26 International Crisis Group, “Darfur: Revitalizing
the Peace Process,” Africa Report, No. 125, April 30, 2007, p.1. On the role of
Chad’s Deby the report states: “Chad’s role has complicated the conflict. The
Zaghawa elements of the insurgency have enjoyed relatively consistent support
from the Zaghawa-dominated government there. Though President Deby, himself a
Zaghawa, initially cooperated with Khartoum against the rebellion, his government
now gives the rebels open and sizeable support. In response, the NCP has been
arming Chadian rebel groups, with the aim of overthrowing Deby and cutting off
the SLA and JEM rear bases.”Sobre o papel do
Chade, do Presidente Deby, o relatório afirma: “O papel do Chade complicou o
conflito. Os elementos Zaghawa da insurreição têm gozado de apoio relativamente
consistente do governo dominado pelo Zaghawa. Embora o Presidente Deby, ele
próprio um Zaghawa, tenha inicialmente cooperado com Cartum contra a rebelião,
agora o seu governo oferece aos rebeldes um apoio considerável e aberto. Em
resposta, o PCN tem armando grupos rebeldes do Chade, com o objectivo de
derrubar Deby e cortar as bases de retaguarda do SLA e do JEM. ”
27 Rob Crilly, “Sudan cuts ties with Chad after Darfur
rebels reach Khartoum,” The Times (London), May 12, 2008.
28 The World Bank, Report No. PID7288,
Cameroon-(Chad)Petroleum Development and Pipeline Project, Implementation
Agencies:Subsidiaries of Exxon, Shell and Elf, June 23, 1999.
34 Rainer Amstaedter, “Der schmale Grat der
Erinnerung: Zwischen Hitler und Himalaya,” DATUM - Seiten der Zeit, January
2006 (http://www.datum.at/0106/stories/1476613/ ). Amstaedter conducted thorough research in the NSDA
archives and interviews with former associates of Harrer to document the actual
active Nazi past of Harrer who ‘conveniently’ forgot details of his SS days.
The Wikipedia biography of Harrer omits any mention of the SS past, as well,
preferring the Hollywood romanticized and sanitized version, evidently.. Amstaedter conduziu uma
pesquisa completa nos arquivos da NSDA e entrevistas com antigos associados de
Harrer para documentar o verdadeiro passado da actividade nazi de Harrer que
esqueceu ‘convenientemente,’ detalhes dos seus dias na SS. A biografia da
Wikipédia sobre Harrer também omite qualquer menção ao passado na SS,
preferindo, evidentemente, a versão romantizada e higienizada de Hollywood.
36 Nicholas Goodrick-Clarke, Black Sun: Aryan Cults,
Esoteric Nazism and the Politics of Identity (New York: New York University
Press, 2001), 177.
37 Goldner, Colin, Mönchischer Terror auf dem Dach der
Welt Teil 1: Die Begeisterung für den Dalai Lama und den tibetischen
Buddhismus, March 26, 2008, excerpted from Dalai Lama: Fall eines Gottkönigs
(Alibri Verlag, April 2008) http://www.jungewelt.de/2008/03- 27/006.php .
38 Jim Mann, “CIA Gave Aid to Tibetan Exiles in ’60s,
Files Show,” Los Angeles Times, September 15, 1998 (http://articles.latimes.com/1998/sep/15/news/mn22993 ). Mann reported on the release of classified CIA
documents that among other items stated: “For much of the 1960s, the CIA
provided the Tibetan exile movement with $1.7 million a year for operations
against China, including an annual subsidy of $180,000 for the Dalai Lama, according
to newly released U.S. intelligence documents. The money for the Tibetans and
the Dalai Lama was part of the CIA’s worldwide effort during the height of the
Cold War to undermine Communist governments, particularly in the Soviet Union
and China. In fact, the U.S. government committee that approved the Tibetan
operations also authorized the disastrous Bay of Pigs invasion of Cuba. The
documents, published last month by the State Department, illustrate the
historical background of the situation in Tibet today, in which China continues
to accuse the Dalai Lama of being an agent of foreign forces seeking to
separate Tibet from China. The CIA’s program encompassed support of Tibetan
guerrillas in Nepal, a covert military training site in Colorado, “Tibet Houses”
established to promote Tibetan causes Weaponizing Human Rights: Darfur to
Myanmar to Tibet 125 in New York and Geneva, education for Tibetan operatives
at Cornell University and supplies for reconnaissance teams.’ Mann continued
citing the declassified text of the CIA as released by the US State Department,
‘The purpose of the program … is to keep the political concept of an autonomous
Tibet alive within Tibet and among foreign nations, principally India, and to
build a capability for resistance against possible political developments
inside Communist China,’ explains one memo written by top U.S. intelligence
officials.”Mann relatou a
divulgação de documentos confidenciais da CIA que, entre outros assuntos,
afirmava: “Em grande parte da década de 1960, a CIA forneceu ao movimento
tibetano de exilados 1,7 milhões de dólares por ano para operações contra a
China, incluindo um subsídio anual de 180.000 dólares ao Dalai Lama, de acordo
com documentos dos serviços secretos/inteligência dos EUA divulgados
recentemente. O dinheiro para os tibetanos e para o Dalai Lama fazia parte do
esforço da CIA em todo o mundo, durante o auge da Guerra Fria, para minar os
governos comunistas, particularmente na União Soviética e na China. Na verdade,
a comissão do governo dos EUA que aprovou as operações tibetanas também
autorizou a desastrosa invasão da Baía dos Porcos em Cuba. Os documentos,
publicados no mês passado pelo Departamento de Estado, ilustram os antecedentes
históricos da situação no Tibete de hoje, na qual a China continua a acusar o
Dalai Lama de ser um agente das forças estrangeiras que tentam separar o Tibete
da China. O programa da CIA englobava o apoio às guerrilhas tibetanas no Nepal,
um local de treino militar secreto no Colorado, “Casas Tibetanas” criadas para
promover causas tibetanas em Nova York e Genebra, educação de agentes tibetanos
na Universidade Cornell e suprimentos para equipas de reconhecimento’. Mann
continuou a citar o texto desclassificado da CIA divulgado pelo Departamento de
Estado dos EUA: “O objectivo do programa é manter o conceito político de um
Tibete autónomo, dentro do Tibete e entre as nações estrangeiras,
principalmente a Índia, e construir uma capacidade de resistência contra
possíveis desenvolvimentos políticos dentro da China comunista’, explica um
memorando escrito por altos funcionários de inteligência/serviços secretos dos
EUA”.
40 Ibid.
41 Mann, Jim, “CIA funded covert Tibet exile campaign
in 1960s,” The Age (Australia), Sept. 16, 1998.
42 Parenti, “Friendly Feudalism: The Tibet Myth.”
43 David Ignatius, “Innocence Abroad: The New World of
Spyless Coups,” The Washington Post, September 22, 1991.
46 Seth Faison, “China Says Detained American Rights
Advocate Admits Falsifying Documentaries,” The New York Times, July 28, 1995.
47 Morgan Strong, “China Maverick Harry Wu,” Playboy,
February 1996.
49 Barker, Op. cit.
51 Colin Goldner, Mönchischer Terror auf dem Dach der
Welt Teil 2: Krawalle im Vorfeld der Olympischen Spiele, Op. cit.
53 Ibid.
54 Ibid.
55 Ibid.
56 Zbigniew Brzezinski, “A Geostrategy for Eurasia,”
Foreign Affairs, 76:5, September/October 1997
A seguir:
Capítulo 4
O Império das Bases -- As Bases do Império
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