Queridos/as
Amigos/as,
Foi
com grande alegria e esperança que soubemos e acompanhámos o Encontro de Florença e o sucesso da sua
realização.
Sabemos
que existem diversas forças, nos países da NATO, que se opõem e criticam a
transformação desta aliança, num agente agressivo do militarismo e da opressão
neocolonial. Os seus dirigentes, parece não terem aprendido nada com a
História. Os meios de comunicação de massas dos países ocidentais estão
demasiado controlados pelo complexo militar-securitário-industrial, para
preencherem a função de informar com objectividade e neutralidade o público.
Muitos sinais inquietantes nos nossos países, por parte dos responsáveis do
Estado e Governo, têm aparecido ultimamente, autoritarismo, atropelos à
legalidade, indiferença às decisões judiciais.
No
nosso país, Portugal, assiste-se a um falso unanimismo pró-NATO nos jornais e
TVs, patente na maneira como noticiaram os 70 anos desta aliança
político-militar, revelador do grau de controlo dos interesses dominantes sobre
a comunicação mediática, incluindo os órgãos de comunicação públicos, em grande
parte pagos pelos contribuintes. Por contraste, não vimos quaisquer
reportagens, artigos ou entrevistas a personalidades com posições opostas à
NATO, publicadas nesses mesmos órgãos de comunicação.
O
«Observatório
da Guerra e do Militarismo» foi fundado em Janeiro deste ano:
tentamos dar informação sobre todos os assuntos relevantes para a paz. Em
especial, damos a conhecer - em língua portuguesa- factos reportados noutras
línguas, mas que não são reportados, ou são distorcidos na imprensa
«mainstream» portuguesa.
Estamos
abertos a colaborações com indivíduos ou grupos, em Portugal e internacionais,
tendo escolhido, desde o início, uma postura de respeito pelas posições de cada
participante, sem tentar impor quaisquer ideologias, ou visões de partido ou de
grupo. No entanto, temos posição clara a favor da paz e contra o militarismo,
pelos Direitos Humanos, em todas as circunstâncias e lugares.
Nós
gostaríamos que existisse uma reunião de pessoas e organizações em Portugal,
que desse corpo ao sector português da frente europeia, proposta na Declaração
de Florença. Temos a certeza de que existem pessoas e de que até serão
numerosas, porém estarão dispersas, ou desalentadas. Caso tenham contacto com
outras entidades portuguesas, transmitam - por favor - as nossas saudações e
nosso sincero e incondicional desejo de cooperar com elas.
Estamos
disponíveis para continuar a veicular as informações e análises oriundas da
frente europeia contra a NATO e de todas as suas partes constituintes.
Em
paz,
Dear Friends,
It is with joy and hope that we heard
about and followed the Florence meeting and its successful tenure.
We are aware of several forces in the
NATO countries, which are opposed to and criticize the transformation of this
alliance into an aggressive agent of militarism and neo-colonial oppression.
Their leaders seem to have learnt nothing from History. The mass media in the
Western countries are under the control of the military-security-industrial complex,
and are unable to fulfil their task of informing the public with objectivity
and neutrality. Many frightening signals have surfaced in our countries lately
- authoritarianism, violations of the rule of law, indifference towards court
rules.
In Portugal, our country, one can
witness a false unanimous pro-NATO position in newspapers and TV stations, translated
in the way they have covered the 70th NATO Anniversary, revealing how under the
control of dominant interests they are, even the ones of public property paid
by our taxes. By contrast, we did not see in such media, any reports, articles
or interviews with people dissenting from NATO's posture.
The «Observatório da
Guerra e do Militarismo» was created in January this year: we try to convey
information on all subjects relevant for peace. Above all, publishing in
Portuguese news reported in other languages, which are omitted or distorted by
the Portuguese «mainstream» media.
We are open to cooperate in Portugal
or internationally. From the beginning, we chose to respect the participant
members’ points of view, without trying to impose any ideology, neither
partisan nor group views. Nevertheless we have a clear position in favour
of peace and against militarism, for Human Rights, in all circumstances and
places.
We would like to see people and
organizations in Portugal going forward with such a front as proposed in
the Declaration of Florence. We would like there to be a gathering of
Portuguese people and organizations, which will bring about the Portuguese
sector of the European front, as proposed in the Declaration of Florence.
We are sure there are such
people, probably many of them, but some dispersed or disheartened. If you have
contact with other Portuguese groups, we ask you to please give them our warm
greetings and tell them our sincere and unconditional desire to cooperate with
them. We will continue giving information and analysis from the
European front against NATO, and from each of its constituencies.
In peace,
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